top of page

"Missão Impossível: Efeito Fallout" | Crítica

  • Foto do escritor: Anderson Heldt
    Anderson Heldt
  • 31 de jul. de 2018
  • 3 min de leitura

Quase duas horas e meia de ação e adrenalina, com cenas de tirar o fôlego.


O "Tio Tom" está de volta na pele de Ethan Hunt. E a cada ano ele parece mais jovem e disposto. Tom Cruise se mostra um ator diferenciado e, por isso, entrega um filme de ação diferente dos demais. E já antecipo que, pra mim, já está como um dos melhores filmes de ação do ano, se não o melhor.


Todos já devem saber que Cruise dispensa seus dublês, e grava as cenas mais absurdas de acreditar. Ele pilota helicóptero em fuga, ele pula de avião, e até salta de um prédio pra outro, resultando na cena que quebrou seu tornozelo. Essa decisão do ator ajuda muito o diretor Christopher McQuarrie, que pode gravar cenas com planos longos e diminuir o uso de computação gráfica. Os planos longos geram mais imersão ao telespectador, já que a câmera por muitas vezes acompanha toda a ação do personagem. Se fosse necessário a entrada de um dublê, teriam que fazer um corte na cena, reposicionar e voltar a gravar por outro ângulo. Tudo isso ajuda muito na qualidade do filme.



Mas o filme não se limita ao visual. O roteiro é outro ponto forte, com todas as pontas amarradas e pouco previsível. A inclusão de fortes personagens femininas dá um toque especial na trama, lembrando a franquia 007. E além das boas atuações, suas personagens são importantíssimas na história. O filme não pára. São doses perfeitas de ação, reviravoltas, porrada, perseguição, conflitos e acerto de contas. Tudo muito equilibrado durante a trama que prende e não deixa cansar nas suas duas horas e meia de filme.


Hunt aparece mais ao estilo "bonzinho", o que desde o começo lhe traz consequências duras. E uma delas é ter que trabalhar ao lado de August Walker (Henry Cavill), um agente da CIA designado a acompanhá-lo na missão. Ali começa o conflito de agências, e de filosofias. Cada uma tem seu estilo de trabalho, e isso pode dar muito errado ao lidar com vilões imponentes.



E por falar em vilões, eles aparecem impondo respeito. Um deles é o velho conhecido de Hunt, Solomon Lane (Sean Harris). Ele é peça fundamental da trama, e consegue nos passar sua periculosidade, mesmo estando em situações aparentemente entregues. Existe também um grupo terrorista chamados de "Apóstolos", que atacam lugares sagrados em atentados violentos. A ideia de matar um terço da população do mundo é o que Ethan terá que enfrentar. E pra isso, ele deve desapegar às questões relacionadas ao sentimental. Amigos, família e Amor devem ser deixados de lado para salvar parte da humanidade.


O visual do filme é de cair o queixo. As cenas grande angulares são de fazer inveja. Exemplo disso é o momento em que Ethan está em cima de um prédio e a câmera vai se afastando. E as sequências de perseguições são perfeitamente executadas. Pra quem gosta de porrada, tudo aqui parece real. Como costumo dizer, as pancadas são "secas". Cada movimento ensaiado encaixa perfeitamente com a posição da câmera, trazendo sensação de realismo pra cena. O uso de flare é quase constante. Isso deve estar relacionado ao fato de J.J. Abrams, diretor do terceiro filme, estar presente na produção.



A equipe de Hunt também se destaca , sem atrapalhar o foco do personagem. Os personagens de Ving Rhames, Simon Pegg e Rebecca Ferguson são tão importantes quanto o protagonista, mas conseguem se manter em seus lugres, aparecendo nos momentos certos. O apoio da equipe a Hunt é fundamental. Já Jeremy Renner, que não voltou pra sequência, não faz falta nenhuma aqui. É apenas uma ponta solta, que não estraga a experiência do filme.


"Missão Impossível: Efeito Fallout" traz aquela experiência vivida na série, recordando a mensagem que se destruirá em 5 segundos, e a trilha sonora inconfundível. O que muitos saíram do cinema criticando, foi a questão das marmeladas durante o filme. Confesso que ver um acidente daquele com helicópteros não resultar em nenhuma lesão grave foi um pouco forçado, mas quando resolvemos comprar o ingresso pra assistir Missão Impossível, devemos nos desprender da suspensão de descrença. Afinal, o nome do filme já define os fatos.


Por fim, vos digo... Vale muito a pena correr pro cinema e assistir esse filme. O 3D não faz falta, e acaba escurecendo um pouco a tela, apesar da maior parte do filme se passar durante o dia. Se tiver a oportunidade de assistir um 2D legendado, fica a dica. E não se preocupe, você não verá essas duas horas e meia passar. A imersão e a adrenalina das sequências te manterão focado.


E aí, já assistiu? O que achou? Deixe seu comentário.





Nota: 9,5/10

Comentarios

Obtuvo 0 de 5 estrellas.
Aún no hay calificaciones

Agrega una calificación

© Cinema Entre Aspas - 2018

  • Facebook "CEA"
  • Twitter "CEA"
  • Instagram "CEA"
bottom of page