Abre Aspas: “Vingadores: Guerra Infinita”
- Anderson Heldt
- 26 de abr. de 2018
- 3 min de leitura
Chegou o melhor momento Marvel nos cinemas, e chegou com tudo.

Após 18 filmes levados em consideração pro universo, sendo o primeiro “Capitão América: O Primeiro Vingador”, chegamos no que pode se dizer o auge da Marvel nos cinemas. E realmente acharam a fórmula do sucesso. Foram dez anos de espera até esse momento, e ele chegou com tudo e um pouco mais. Todos os heróis apresentados até aqui estão juntos e misturados, na medida certa.
Em “Vingadores: Guerra Infinita”, Thanos (Josh Brolin) chega à Terra para reunir todas as Joias do infinito, e conquistar o poder desejado. Com isso, os Vingadores precisam se unir novamente para enfrentar o que vem pela frente. E dessa vez eles não estão sozinhos. Contam com a ajuda dos Guardiões da Galáxia. A luta não é fácil e pode exigir o sacrifício de alguns para ser vencida. O produtor Kevin Feige é o nome da Marvel no cinema. E já podemos dizer que seu plano inicial de criar o universo nas telonas, obteve sucesso. Todos os filmes antecessores a Guerra Infinita se ligam em tempo, fatos e personagens. Uma estrutura tirada dos quadrinhos para a Sétima Arte. E muito bem adaptada, por sinal.

Mas vamos falar desse filme. Pra isso, quero começar pelo personagem que é o verdadeiro protagonista, como foi dito pelos irmãos Russo – diretores do filme. Como se não bastasse o excelente trabalho nos efeitos visuais em cima de Josh Brolin, que você percebe até as menores cicatrizes, os menores pelos, o vilão passa pro telespectador todo seu poder, nos fazendo ter medo do que vai acontecer a cada batalha contra ele. E não para por aí. Thanos tem um lado melancólico e sofrido, que beija a condição de anti-herói. Em certo momento, quase choramos com ele, por ele. Apesar de ser de outro planeta, o vilão tem uma humanização que marca a atuação de Brolin. Pode-se dizer que este é um dos melhores – se não o melhor – vilão dos últimos tempos. Mas, apesar de Thanos se destacar no filme, há espaço suficiente pra cada um dos heróis. E olha que são muitos. Todos tem seu tempo e importância suficiente pra criar um arco perfeito em tela. Isso vai desde o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) – o ator mais bem pago da franquia – até o personagem Groot (voz de Vin Diesel) que parecia ser apenas o alívio cômico, mas tem uma grande importância pra trama. Senti falta de mais um pouco de Hulk (Mark Ruffalo), apesar do drama pessoal que Bruce Banner vive, e que é completamente aceitável, com cenas hilárias. Entre os heróis, todos são protagonistas no seu núcleo.

O roteiro de Guerra Infinita, escrito por Christopher Markus e Stephen McFeely, se encaixa perfeitamente, não deixando nenhuma ponta solta. Mérito total, pois com tantos personagens, sub tramas, vilões e toda a situação, não seria difícil se perder. E aqui temos ação, comédia e um drama pesado, tudo na medida exata. Rimos, nos divertimos, e principalmente, ficamos angustiados em vários momentos de tensão. Essa angústia se deve ao fato de que cada ação terá uma consequência lá na frente. Um filme de entretenimento, com uma carga dramática intensa. O que pode deixar a desejar é o protagonismo de um dos principais Vingadores, o Capitão América. Ele aparece muito bem nas cenas de ação, mas não tem seu lado pessoal muito bem explorado. Ele acaba se tornando apenas mais um entre todos.
“Vingadores: Guerra Infinita” é uma promessa cumprida. Supera todas as expectativas, apesar de deixar muita gente querendo mais no final. É um nível acima dos filmes de heróis vistos até aqui. Com certeza, muita gente vai voltar ao cinema e assistir esse filme mais de uma vez. Com tantos personagens, não dá pra falar de cada um deles. Mas vale a pena conferir nas telonas este longa que marca toda uma geração. E não saia do cinema antes dos créditos finais. A única cena pós créditos mostra o que pode ser a salvação do universo.
Nota: 9.5/10
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