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“Abre Aspas” - Velozes e Furiosos 10

  • Foto do escritor: Anderson Heldt
    Anderson Heldt
  • 19 de mai. de 2023
  • 4 min de leitura
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O décimo filme da franquia chega às telonas prometendo ser o último filme (ou não). Em Velozes e Furiosos 10 Toretto e sua família devem lidar com o adversário mais letal que já enfrentaram. Alimentada pela vingança, uma ameaça terrível emerge das sombras do passado para destruir o mundo de Dom e todos que ele ama. O filme traz um elenco estrelado e muita ação do começo ao fim. Mas é bom?


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Quem me conhece sabe o quanto gosto de carros e cresci acompanhando Velozes e Furiosos. Na época do primeiro filme, quando rolou aquele boom de customização, eu tava no meio querendo equipar meu carro com tudo que tinha direito. Queria ser adepto ao tuning e ia até onde o orçamento dava. Essa é a influência do filme na vida de muita gente. Veio o segundo filme, e apesar de não ter Toretto, as máquinas continuaram lá, nos apresentando tudo aquilo que gostaríamos de ver. A paixão pelos carros continuava. No terceiro filme, apesar da decepção de contar uma outra história, os carros ainda eram destaques. E isso compensou a falta do elenco original, fazendo com que o filme fosse aceitável. No quarto filme tivemos a volta do elenco já conhecido, porém aquele universo de carros equipados foi dando lugar pro gênero ação policial engessado da indústria. E assim continuou até aqui.


Tentando dar uma sobrevida na franquia, vários atores de peso foram sendo adicionados à história. E apesar de ter se tornado um filme comum de ação com elenco valioso, os fãs do filme continuaram indo ao cinema. E se você aderir a suspensão da descrença, o filme é sim muito divertido. Tem muita cena improvável, mas é ação que sobe a adrenalina e entrega a nova proposta.


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Velozes e Furiosos 10 continua à partir da história do quinto filme que se passa no Rio. Não é uma continuação direta, mas o novo filme tem ligação com os acontecimentos daquele filme. Parte da história se passa novamente no Rio de Janeiro, trazendo personagens novos e velhos conhecidos que nunca morrem. A tentativa de trazer de volta os 'rachas' é bem discreta, nos iludindo, fazendo crescer a esperança de que vai seguir aquele caminho. Mas é só aquilo mesmo. Logo as explosões tomam conta novamente. Tudo isso com um tamanho exagerado de produção.


O elenco cheio de estrelas é dividido em núcleos como os do alívio cômico com boa parte da equipe, o de apoio da historia com Letty (Michelle Rodriguez) e Cipher (Charlize Theron), o de complemento com outros tantos personagens, e o da história principal, com Toretto (Vin Diesel) e o vilão Dante (Jason Momoa) que se encontram toda hora. Vilão esse que faz lembrar o personagem Jack Sparrow (Piratas do Caribe) e é muito bem interpretado. Tem carisma e ao mesmo tempo da raiva. Mas apresenta uma grande ameaça pelo seu jeito maluco de ser. A ideia de não estar nem aí pras consequências dos seus atos traz a sensação de que tudo pode acontecer.


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O roteiro é meio confuso pelo fato de apresentar tantos personagens juntos, dando voltas pra chegar ao mesmo lugar. Alguns pontos não se ligam como deveria. Parece uma história se perdendo em meio ao caos. Uma mistura de homenagens, nostalgias e continuação de caso, resultando em uma confusão generalizada. São tantos personagens novos e antigos pra mostrar e tentar dar alguma importância, que vai virando uma grande mistura. Eles tentam resumir todos os filmes pra terminar aqui. Isso talvez tire um pouco a imersão de quem gostava de ver carros customizados apostando corrida. E esse é o ponto negativo.


As cenas de ação são muito bem gravadas, com brigas bem coreografadas e corridas elaboradas, apesar do impossível estar sempre presente em vários momentos. Aquelas situações que só acontecem aqui e você fica duvidando estão por todo o filme. Se ficar pensando "como ele fez isso?" você acaba desanimando de assistir. Tem que abrir a mente e ir com tudo. Em alguns pontos da pra perceber o CGI trabalhando. Mas muitas vezes eles passam despercebidos. A variedade de carros também é boa, mas não são como os que a gente gostava de ver. Vão dos exóticos ao estilo steampunk. Inclusive quero citar referências que vieram a minha mente durante o decorrer do filme. De Volta para o Futuro com o DeLorean, o jogo Rocket League em uma sequência em Roma, Mad Max com o carro "canhão", Piratas do Caribe com o vilão principal, Triplo X com a ambientação geral do filme, entre outros. Se você também lembrou desses nomes durante o filme, comenta aqui com a gente.




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O filme não é ruim. Pra quem gosta de ação, vale a pena. Mas continua decepcionando os amantes do início da franquia. E preciso falar aqui que esse filme não tem um final. É daqueles que acaba do nada. A história fica em aberto pra uma sequência que virá em parte 2 (anunciada para 2025) e parte 3, aí sim finalizando a franquia. E espere o único pós-créditos logo após a animação final. Tem mais gente pra deixar a história em aberto. Enfim, indico pra quem quer 2h20 de diversão. Mas não espere a essência que deu origem a franquia, ou sairá decepcionado.


Nota: 6/10

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