“Abre Aspas” - Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo
- Anderson Heldt
- 28 de abr. de 2023
- 3 min de leitura

Os Cavaleiros do Zodíaco é uma série de anime e mangá muito popular, criada por Masami Kurumada. A história se concentra em um grupo de guerreiros conhecidos como Cavaleiros, que têm como objetivo proteger a deusa Atena e lutar contra as forças do mal que ameaçam a paz do mundo. Desde o seu lançamento em 1986, a série tem sido adaptada para vários formatos, incluindo filmes, séries de TV, jogos e muito mais. A história principal é dividida em várias sagas, cada uma com seus próprios vilões e enredos. Desta vez ele vem em live actions pras telonas. Mas e aí, ficou bom?
Eu não era a criança ou adolescente que acompanhava a franquia Cavaleiros do Zodíaco. Tinha vários amigos que assistiam e gostavam demais, a ponto de ter os brinquedos e tudo mais. Eu, no máximo, conhecia o visual deles. E assim foi até hoje. Portanto, não posso dar minha opinião exatamente como uma adaptação do desenho, mas vou tentar falar como filme.
Os Cavaleiros do Zodíaco: Saint Seiya – O Começo Traz a saga de Seiya (Mackenyu), um obstinado adolescente de rua, passa seu tempo lutando por dinheiro enquanto procura por sua irmã sequestrada. Quando uma de suas lutas inadvertidamente explora poderes místicos que ele nunca soube que tinha, Seiya se vê lançado em um mundo de santos guerreiros, treinamento mágico antigo e uma deusa reencarnada que precisa de sua proteção. Se ele quiser sobreviver, precisará abraçar seu destino e sacrificar tudo para ocupar seu lugar de direito entre os Cavaleiros do Zodíaco.

Como todo filme de origem, vamos acompanhando o personagem descobrindo seus poderes e tentando entender sua história. E tudo isso flui tranquilamente, sem cansar quem tá assistindo. As coreografias de lutas, apesar de exageradas, são bem executadas e explora novas técnicas, misturando cortes rápidos com câmera lenta. O primeiro ato é todo focado na apresentação dos personagens com pitadas de motivações pra fazer a trama acontecer. O roteiro é insistente em falar sobre o Cosmos, e fica tentando explicar toda hora como vai funcionar o poder e pra que ele serve. Até eu que não conheço a história dos desenhos fiquei incomodado em tanto ouvir falar do tal Cosmos. Mas a construção da trama também é bem feita, preparando para o terceiro ato.
O fato do filme segurar a classificação indicativa evitando sangue e outras coisas, tira um pouco a imersão. Por várias vezes personagens apanham violentamente e só vemos um roxo na cara. Inclusive em uma das grandes batalhas o personagem principal aparece com a cara roxa, e em seguida, na continuação da cena, ele tá com ematomas mais avermelhados no rosto. Mas sem sangue evidente. Talvez se colocassem os machucados, traria as lutas um pouco mais pro real, aumentando a imersão. Da pra entender a dificuldade em fazer uma história dessa em live action, mas o resultado poderia ser mais eficaz.
A trilha sonora é boa, com músicas que casam com os momentos e uma edição de som bem definida. Porém os efeitos visuais oscilam de qualidade. Quando estão usando os poderes do Cosmos, com aquelas cores neons, que por sinal dão um belo visual pro filme, é muito bem feito. Mas quando precisam fazer animações de personagens lutando ou saltando alto a coisa fica artificial demais. Da pra diferenciar os momentos ator e animação. Mais uma situação de tirar um pouco a imersão.

O filme tem um roteiro simples que cumpre seu papel de apresentar os personagens pro universo cinematográfico, mesmo pra quem não conhece a animação. Gostaria muito de ver a reação de fãs do desenho pra tentar perceber como o filme foi recebido, mas a sessão que fui não tinha muita gente. Como longa live action Cavaleiros do Zodíaco passa. Não acredito que vai ser uma adaptação onde todos vão lembrar sempre, mas é divertido. Mais um filme adaptação mediano e regular.
Nota: 5,5/10
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