“Abre Aspas” - O Exorcista do Papa
- Anderson Heldt
- 12 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de abr. de 2023

Mais um filme com a temática de exorcismo lançado. Dessa vez acompanhamos o padre Gabriele Amorth (Russell Crowe), exorcista do Vaticano, que luta contra Satanás e demônios possuidores de inocentes. No caso, ele precisa salvar um menino que foi possuído ao chegar com sua família a uma antiga igreja que receberam como herança. Um retrato detalhado de um padre que realizou mais de 100 mil exorcismos em sua vida.
O plot já é algo costumeiro em filmes do gênero. E assim também é o filme todo. Com muito clichê e cenas não inovadoras, o filme é mais do mesmo. Ele ainda apresenta supostas referências ao clássico O Exorcista, mas não consegue se manter como um terror acertivo. Da pra perceber a tentativa em fazer uma franquia no estilo Invocação do Mal, mas passa longe de conseguir tal feito.
Russell Crowe tem seus méritos, apesar do inglês com sotaque de italiano forçado que o personagem apresenta. Com seu carisma e personalidade, ele carrega o filme todo. Outra atuação que achei forçada foi a do Peter DeSouza-Feighoney, que interpreta o menino Henry. Depois de possuído ele faz caras e trejeitos não muito convincentes. Talvez nem seja culpa do próprio ator, mas o filme assumiu o risco ao colocar uma criança possuída durante quase todo o filme. Amy (Laurel Marsden), a irmã do menino, é uma personagem irritante e sem carisma. Apesar de ter sua importância no roteiro, não agrada nem um pouco.
Pra não falar apenas dos defeitos do filme, algumas cenas são interessantes. E o padre Amorth tem carisma com suas piadinhas, quebrando o clima tenso no momento de respiro. Apesar dos efeitos simples, a fotografia também compre com seu objetivo. Mas como um todo, pra muita gente o filme não vai funcionar como terror pela sua repetição e clichê.

O terceiro ato é exagerado, com efeitos simples, e várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. Onde era pra chegar ao auge do terror, é onde o medo passa longe. Falam tanto de quanto aquele demônio é poderoso, e no final tudo se resolve com alguém sem experiência, como se meias palavras bastassem. Tudo isso ainda carregado por Crowe até o fim. E pra fechar, um roteiro em aberto deixando a possibilidade de uma continuação que eu duvido que irá acontecer.
O Exorcista do Papa não chega a ser perda de tempo, mas também não traz nada de novo. Um filme pra uma sessão despretenciosa com amigos.
Nota: 5/10
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