“Abre Aspas” - Guardiões da Galáxia Vol 3

Guardiões da Galáxia Vol. 3 é escrito e dirigido por James Gunn, com música composta por John Murphy, produzido pela Marvel Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures. O filme faz parte da fase 5 do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) e tem como foco encerrar a jornada da equipe intergaláctica.

Em Guardiões da Galáxia Vol. 3, o amado grupo de desajustados busca se estabelecer em Lugar Nenhum, mas não demora muito para que suas vidas sejam reviradas pelos ecos do passado turbulento de Rocket (Bradley Cooper). Mas é bom?

Precisamos começar falando de James Gunn. O diretor responsável pela receita de sucesso de filmes de super heróis se despede da Marvel com esse filme, e a atmosfera dele deixa isso perceptível. Podemos dizer que ele se despediu de forma incrível, usando todo seu potencial pra fechar o que pode ser a melhor trilogia MCU até aqui. O filme fecha a saga dos Guardiões incrivelmente bem. Pra mim, só não supera o primeiro filme por detalhes. Mas tem a mesma qualidade. A diferença fica por conta da parte emocional adicionada aqui. O filme apresenta um misto de emoções como poucos do universo cinematográfico da Marvel. Da pra sentir Gunn leve na direção e filmando uma despedida de tirar o chapéu.

A trama tem o foco voltado ao Rocket. Conhecemos a origem dele em flashbacks enquanto seus parceiros tentam salvar sua vida. Esses flashbacks arriscados são feitos de uma forma tão eficaz que traz uma carga emocional incrível pra história, e ao mesmo tempo nos apresenta o que pode ser o melhor vilão de todo o MCU, depois de Thanos. O antagonista Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji) tem um objetivo diferente. Ele não quer dominar o mundo, mas sim criar planetas "perfeitos" de acordo com o que ele pensa, para melhorar o mundo. Porém, pra isso ele precisa da inteligência de Rocket. Então ele se torna obcecado em capturar o Racoon pra concretizar seu plano. O ator tem uma atuação incrível, que passa credibilidade na certeza de seu personagem. Só não rouba a cena do filme porque o carisma de todos é gigante.

O detalhe que coloca o filme em segundo no meu ranking é a trilha sonora. Apesar de ser muito boa ainda não supera o Volume 1. As músicas do primeiro filme marcaram de uma forme que quando ouvimos logo lembramos de Guardiões da Galáxia. Mas temos também músicas muito boas nesse filme. E o que chama a atenção é como elas são inseridas nas cenas. Não são apenas tocadas do nada. Sempre tem um personagem ouvindo a música que sobe o som como trilha. E quando o personagem sai de um ambiente ou tira o fone de ouvido, a música abaixa e entra o diálogo. Tudo muito bem encaixado.

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As cenas de ação de Guardiões da Galáxia Vol 3 são de uma qualidade invejável. Ótimos efeitos visuais e uma fotografia que complementa tudo isso. E eu não poderia deixar de citar duas cenas que marcaram. A primeira de plano longo, onde todos lutam em um corredor, e a bagunça é generalizada. A dificuldade de fazer tudo aquilo acontecer sem cortes deve ser enorme, e foi feito com perfeição. A segunda que marcou foi a cena de Groot (Vin Diesel) tirando várias armas do corpo e juntamente com Peter Quill (Chris Pratt) começando um tiroteiro frenético e lindamente coreografado.

O bom humor não deixar de estar presente apesar do clima dramático apresentado. E as piadas desse filme são todas colocadas com um timing certeiro. Como eu disse, o misto de emoções vai do começo ao fim. É feliz, é engraçado, é triste e cheio de ação. Tudo ao ponto! Guardiões da Galáxia Vol 3 está com certeza entre os melhores filmes da MCU, tornando a franquia a melhor trilogia do universo Marvel. A versão 3D não acrescenta muita coisa na experiência, mas não chega a ser ruim. E apesar de suas duas horas e meia de duração, vale muito a pena conferir o filme. E pode esperar todo o crédito porque existem duas cenas pós-créditos. Que venha James Gunn agora na DC!

Nota: 9/10